Não pretendo ser redundante em minhas palavras, mas a reiteração de atos infracionais praticados por adolescentes me impõe, novamente, a obrigação de refletir sobre os procedimentos adotados em desfavor destes. A constatação de que se avoluma o envolvimento de adolescentes no mundo da criminalidade, não se trata de mera opinião advinda de experiências policiais vivenciadas na profissão; basta assistir aos noticiários de imprensa e todo dia ver adolescentes apreendidos por praticarem atos infracionais correlatos a crimes.
Friso, todo dia. Aliás, ontem, mais uma ocorrência foi destacada pela mídia e pasmou a sociedade. Tratava-se de um roubo em residência a um empresário e seus familiares. Mais uma ação violenta de adolescentes armados e, mais uma vez, adolescentes apreendidos e materiais recuperados pela polícia. A reincidência de adolescentes chega a patamares tão absurdos que, hoje, quando eles praticam um roubo e as vítimas passam as características dos autores, o serviço policial muitas vezes já consegue identificar de imediato os suspeitos e direcionar as ações para recuperar os bens das vítimas.
Friso, todo dia. Aliás, ontem, mais uma ocorrência foi destacada pela mídia e pasmou a sociedade. Tratava-se de um roubo em residência a um empresário e seus familiares. Mais uma ação violenta de adolescentes armados e, mais uma vez, adolescentes apreendidos e materiais recuperados pela polícia. A reincidência de adolescentes chega a patamares tão absurdos que, hoje, quando eles praticam um roubo e as vítimas passam as características dos autores, o serviço policial muitas vezes já consegue identificar de imediato os suspeitos e direcionar as ações para recuperar os bens das vítimas.
Convém destacar que este contexto de caos que estamos a presenciar advém da impunidade. Neste roubo, por exemplo, conforme relatos das vítimas, em meio a ameaças e torturas que sofriam, os adolescentes fizeram questão de registrar, por palavras e escritos, que eram menores e se a polícia “pegasse, não iria dar nada”.
Precisas palavras e, de fato, conhecedoras da realidade policial. Afinal, o menor foi apreendido pela Polícia Militar e, horas depois, houve a liberação do adolescente pronto para a próxima vítima. E sabem por quê? As unidades que deveriam recebê-los não existem. São Lucas demolido e PLIAT interditado ou sem vagas. A este ponto, pergunto-me: de quem é a responsabilidade? Aqueles que decidiram pela interdição ou demolição das unidades efetuaram análise da repercussão social de tais medidas?
Penso que a emenda saiu pior que o soneto. Digo isso, pois, sob qualquer olhar de análise (jurídica, social, administrativa...), acredito que havia outras formas de resolverem o problema das péssimas condições ou acomodações dos menores. Ou, não se consegue operacionalizar os direitos do Estatuto da Criança e do Adolescente-ECA sem desmantelar o mínimo que o Estado possui para preservação da ordem pública? A situação me parece a do morador que cansado de escutar o alarme do portão por estar aberto, resolve remover o alarme e não tomar as medidas necessárias para que o portão permaneça fechado. E, neste caso, como no dos adolescentes, a segurança é jogada a mercê da sorte.
Penso que a emenda saiu pior que o soneto. Digo isso, pois, sob qualquer olhar de análise (jurídica, social, administrativa...), acredito que havia outras formas de resolverem o problema das péssimas condições ou acomodações dos menores. Ou, não se consegue operacionalizar os direitos do Estatuto da Criança e do Adolescente-ECA sem desmantelar o mínimo que o Estado possui para preservação da ordem pública? A situação me parece a do morador que cansado de escutar o alarme do portão por estar aberto, resolve remover o alarme e não tomar as medidas necessárias para que o portão permaneça fechado. E, neste caso, como no dos adolescentes, a segurança é jogada a mercê da sorte.
Há de se efetuar mudanças urgentes nesta preocupante realidade. O saber popular a tempo nos ensina que se quisermos resultados distintos, é preciso buscar novas alternativas e não repetir as mesmas coisas. Saliento que a sensação de impunidade só não é maior que o trauma conferido às vítimas, sobretudo, o psicológico. De tudo isto, resta uma sociedade refém e uma polícia trabalhando com mãos algemadas.
Gostaria de dizer que apreciei em grande escala as palavras do amigo. Essas experiencias são de grande valia para aumentar nosso senso critico enquanto civis e mostrar que tem gente competente na seguranca publica. Beijo do amigo guizera!
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